sábado, 16 de abril de 2011

O meu menino não se vê



Ao fundo do teu Olhar,


Por entre a névoa e o gelo


Vê-se Um menino a brincar


Tu sempre a desejares sê-lo.


.


O menino tão indefeso


O homem com armas de fogo


Dispara até me sentir bem preso


Preso não pode brincar,


O menino morre logo.


Ao fundo do teu Olhar Vejo o menino já morto!


No pântano tenta nadar


Sentido o tempo mais curto.




Ai! Mas que menino ele era,


Tão forte e feliz, em comum,


Agora o menino que é...


Apenas ele, ou nenhum.


Que ilusão será esta de matar tantos meninos.


Não é uma coisa tão besta desses homens assassinos?


Pudesse o homem olhar e na claridade ver o esplendor do dia,


O gelo ia estilhaçar; Pudera, com amor, até derretia.




O meu menino não se vê, está escondido, muito escondido (...)


- Mas tão escondido porquê? Tão distante está perdido...


Esconde-se logo o menino perante as armas do homem,


tem mêdo do gelo Que lhe entra nos olhos e corta o abdomén.


Que grande tortura esta Trazer um menino ao peito.


Faço papel de besta, BAH! Deixo o menino sem jeito.


Mas não o posso deixar Sem este carinho meu...,


Se algum dia o abandono Não morre ele,


Morro Eu.

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