Ao fundo do teu Olhar,
Por entre a névoa e o gelo
Vê-se Um menino a brincar
Tu sempre a desejares sê-lo.
.
O menino tão indefeso
O homem com armas de fogo
Dispara até me sentir bem preso
Preso não pode brincar,
O menino morre logo.
Ao fundo do teu Olhar Vejo o menino já morto!
No pântano tenta nadar
Sentido o tempo mais curto.
Ai! Mas que menino ele era,
Tão forte e feliz, em comum,
Agora o menino que é...
Apenas ele, ou nenhum.
Que ilusão será esta de matar tantos meninos.
Não é uma coisa tão besta desses homens assassinos?
Pudesse o homem olhar e na claridade ver o esplendor do dia,
O gelo ia estilhaçar; Pudera, com amor, até derretia.
O meu menino não se vê, está escondido, muito escondido (...)
- Mas tão escondido porquê? Tão distante está perdido...
Esconde-se logo o menino perante as armas do homem,
tem mêdo do gelo Que lhe entra nos olhos e corta o abdomén.
Que grande tortura esta Trazer um menino ao peito.
Faço papel de besta, BAH! Deixo o menino sem jeito.
Mas não o posso deixar Sem este carinho meu...,
Se algum dia o abandono Não morre ele,
Morro Eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário