segunda-feira, 23 de maio de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
O meu menino não se vê
Ao fundo do teu Olhar,
Por entre a névoa e o gelo
Vê-se Um menino a brincar
Tu sempre a desejares sê-lo.
.
O menino tão indefeso
O homem com armas de fogo
Dispara até me sentir bem preso
Preso não pode brincar,
O menino morre logo.
Ao fundo do teu Olhar Vejo o menino já morto!
No pântano tenta nadar
Sentido o tempo mais curto.
Ai! Mas que menino ele era,
Tão forte e feliz, em comum,
Agora o menino que é...
Apenas ele, ou nenhum.
Que ilusão será esta de matar tantos meninos.
Não é uma coisa tão besta desses homens assassinos?
Pudesse o homem olhar e na claridade ver o esplendor do dia,
O gelo ia estilhaçar; Pudera, com amor, até derretia.
O meu menino não se vê, está escondido, muito escondido (...)
- Mas tão escondido porquê? Tão distante está perdido...
Esconde-se logo o menino perante as armas do homem,
tem mêdo do gelo Que lhe entra nos olhos e corta o abdomén.
Que grande tortura esta Trazer um menino ao peito.
Faço papel de besta, BAH! Deixo o menino sem jeito.
Mas não o posso deixar Sem este carinho meu...,
Se algum dia o abandono Não morre ele,
Morro Eu.
Carta aos meus amigos
Para todos aqueles que um dia possam estar sós, Sem ninguém, sem nada,
que e pensem e sintam e que Tenham a coragem de mergulhar
nessa fonte De abismal transparência na qual a matéria quase Não se vê
ou apenas se vê em função da alma
e Dentro da qual se pode sentir intensa e justamente Como somos tão pequenos,
como somos pobres e como Todos os bocadoos de felicidade que temos
são sempre Consequência da nossa luta e esforço para a ter
e Nunca algo ao acaso.
Podemos dár-nos conta do que temos e do que queriamos Ter
e verificar que sempre queremos demasiado
Para aquilo que merecemos na verdade,
Na verdade somos todos bastante egoistas.
Todavia nesta fonte a água mata, mata-nos a todos
Afogando-nos e levando-nos cada vez mais para o fundo,
Para o fundo de si, para o fundo de nós,
onde possamos Sentir que o ar se necessita urgente,
sentir o que o Mundo nos dá e o que dámos ao mundo,
muito pouco ou nada.
Lá no fundo quando estamos reduzidos ao nosso verdadeiro Tamanho,
temos mêdo de voltar a querer ser Grandes
porque intuitivamente sabemos que isso acontece,
Constante e consecutivamente
e nesses momentos não nos Dámos conta do tempo que perdemos
e do quanto nos Tornamos egoistas e idólatras,
esquecendo-nos do que Lá bem no fundo sabemos,
os nossos limites, a nossa Suscetibilidade de perversão,
enfim a nossa incrivél e Desajustada imperfeição,...
um monstro...!
Sei que é dramático isto porque na verdade nunca Deixaremos de sonhar,
de querer, de buscar sempre e Sempre seguindo essa ilusão
para que depois dela Voltemos ao fundo, à nossa fonte,
para que nos mate mais Um pouco,
é o preço do sonho, da busca, do querer tanto e tanto.
É desagradável descobrir-se a verdade,
essa fonte que Nos mata e nos faz julgar como homens de fé e de bem Que podemos ser,
mas não há maior alegria do que Sentir-se morrer, morrer até ao fim, até ao fim de nós,
Egos supersticiosos e imensos, até ao mais sublime Estado de humildade e de fé,
essências (de) do renascer, Sementes dos homens que morrem porque querem viver.
É uma questão que me faz tremer ao escrever o meu Viver, o meu sentir
e o meu decobrir mais intimo mas não Tremo de mêdo, tremo de verdade.
Talvez possa por estas palavras de humilde viver Explicar-vos intimamente
e contar-vos só a vós amigos Meus que tudo mereceis de mim,
toda esta odisseia Sobre a verdade que se descobre na rua,
Nos lugares de ninguém.
Deste que vos quer muito.
barcelona 1-10-1991
PORQUE...
E QUE SE ETERNIZOU EM MIM QUE EU ADORAVA LER .
ENTÃO AÍ VAI,É DA SOPHIA ANDERSON
PORQUE...
Porque os outros se mascaram mas eu não
Porque os outros usam a virtude para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas eu não.
Porque os outros são os túmulos caiados onde germina a podridão.
Porque os outros se calam mas eu não.
Porque os outros se compram e se vendem e os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas eu não
Porque os outros vão à sombra dos abrigos e eu vou de mãos dadas com perigos.
Porque os outros calculam mas eu não. ........
terça-feira, 5 de abril de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
CRISE? DÁ-ME UM IRREAL
BOA! NEM DE PROPÓSITO!!! E AGORA PORTUGAL? E AGORA??????? AGORA O QUE VINHA A CALHAR? CAOS SOCIAL, CRISE TOTAL, FALTA DE CAPITAL, O ABISMO FINAL? NÃO NADA DISSO AGORA QUE AS SOLUÇÕES JÁ SÃO O PROBLEMA AGORA QUE NÓS NÃO TEMOS MUITO A PERDER AGORA QUE FAZER????? NADA ,POR FAVOR,NADA NÃO SE MEXAM SEQUER DESCANSEM,MANTENHAM-SE SERENOS DURMAM UM SONO RECONFORTANTE AH...E NÃO SE ESQUEÇAM ,FODAM, FODAM UNS COM OS OUTROS NUNCA UNS AOS OUTROS. QUE TAL UM "IRREAL SOCIAL" NUM PORTUGAL "IMAGINÁRIO" MAS "POPULAR" E "AVANÇADO"? É BOM NÃO É? POIS,POIS É... TALVEZ POSSAMOS FAZER ALGO DIFERENTE, EM VEZ DE ENCARAR O ASSUNTO TALVEZ "SURREALIZAR POR AÍ" EM VEZ DE ASSUMIR AS RESPONSABILIDADES TALVEZ UM "NÃO ME DÊS MORAL" E POR FIM PEDIR AOS NOSSOS POLITICOS AQUILO EM QUE ELES SÃO MESMO BONS; MAS PEDIR EM UNISSONO,TODOS SEM EXCEPÇÃO; GERAÇÃO Á RASCA E GERAÇÃO RASCA, GERAÇÃO ESQUECIDA E GERAÇÃO FODIDA, GERAÇÃO SONÂMBULA,GERAÇÃO QUE TARDA EM MOSTRAR A FIBRA. TODOS! VAMOS GRITAR JUNTOS: "DÁ-ME UM IRREAL IMAGINÁRIO" "DÁ-ME UM IRREAL AR ILUSÓRIO" "DÁ-ME UM IRREAL IDEAL SOCIAL,POPULAR,AVANÇADO" E ASSIM FELIZES E CONTENTES, FARTOS DE SER ENRABADOS SEM PRELIMINARES MAS NÃO O BASTANTE,DAREMOS CONTINUIDADE A ESTA BANOCRACIA QUE NOS GOVERNA Á 30 ANOS. É SÓ PEDIR,É SÓ PEDIR...
PRÓXIMO P.F.!
sábado, 19 de março de 2011
O impasse
Estranho este nosso tempo
tempo demais,porlongamento,
eternidade de um nada crescente,
(...)quase tudo de repente!!
muro de pedra agreste,amnésia de cetim,
quinhão que todos reclamam de um tempo sem fim.
O que queremos?
Porque queremos?
Quando queremos?
Mil e um desejos nos habitam,
de forma esquiva,quase sonâmbula
amontoados como castelos de cartas
projectam um futuro incandescente.
Será que vem?
Será o presente?
Será um passado já dormente?...
Desejos,mordaça do presente,
tempo demais,porlongamento,
eternidade de um nada crescente,
(...)quase tudo de repente!!
muro de pedra agreste,amnésia de cetim,
quinhão que todos reclamam de um tempo sem fim.
O que queremos?
Porque queremos?
Quando queremos?
Mil e um desejos nos habitam,
de forma esquiva,quase sonâmbula
amontoados como castelos de cartas
projectam um futuro incandescente.
Será que vem?
Será o presente?
Será um passado já dormente?...
Desejos,mordaça do presente,
O impasse,fui-serei,
durante o qual não SOU!
O impasse desejou...!
quinta-feira, 17 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
SER COMO EU
SER COMO EU HORIZONTE PLANO VISTA AMPLA,DOCE ENGANO UMA CALMA INERTE,PLENA CONDESCENDENTE,TOTAL UM RISO POR DENTRO QUE TEIMA UMA TEIA QUE MONTO QUEBRAR O GELO QUE JAZ NAS PROFUNDEZAS DESTA PAZ SOU-ME ESTRANHO,PÚDICO LÚCIDEZ PERTINENTE AMBIGUA,DOCE ENGANO ACORDO EM SOBRESSALTO MOLHADO,NÃO DURMO ACORDO ACORDADO,SOTURNO UMA BRISA TÉNUE ENVOLVE-ME A ALMA LONGE DESTA INERTE CALMA QUERO ADORMECER É ENTÃO O MOMENTO TUDO O QUE É CALMA JÁ CANSOU LUCIDEZ É ENTÃO A LUZ PROFUNDA, CÂNDIDA, ENPOLGANTE,DESAFIADORA ESTÁ NA HORA,VER É INEVITÁVEL UM TURBILHÃO DE CENÁRIOS MILHÕES DE IDEIAS,MILHÕES ANSIAS TREMENDAS, ELECTRIZAM TODO MEU SER ,APODERAM-SE POSSESSO SEI LER TODO ESTE HORIZONTE ELECTRICO,TURBO,FRESCO O MEU SUBTERRÁNEO EMERGE DOS ESCOMBROS VIVO,PUJANTE,TOTALMENTE MEU AVASSALADOR,ENVOLVE-ME TODO INTEGRO,DOCE DESENGANO DOCE DESENGANO QUE RESISTE NO TEMPO FORÇA QUE VEM DO ETERNO VENTO FORTE E ONDAS TUMULTUOSAS TEMPESTADES E TREMORES DE TERRA ENTRAM EM MIM E ARRASAM TODAS AS CONSTRUÇÕES SEM ALICERCES, ARRASAM TODO O LIXO,LEVANDO-O NUM REMOINHO IMPLACÁVEL... LIMPAM TODAS AS ARESTAS SUJAS, AFOGAM TODAS AS LÁGRIMAS INUTEIS QUEIMAM O CHEIRO A MOFO DO CUME VULCÃO QUE TEIMA EM NÃO EXPLODIR!!!! SER COMO EU É UMA SINA AVESSA UMA FORMA QUE REJEITA O MOLDE SER COMO EU É UM DITADO TRAVESSO NADA TENHO (TUDO MEREÇO?) VISÃO CRISTALINA ESTA VIVO, SÓ NO MEIO DA TORMENTA, ESTREMEÇO, SÓ DO LADO DOS FRACOS EXTÂSE,SÓ NA ETERNIDADE DO ABALO VIDA,ESTE VULCÃO QUE EU CALO... SER COMO EU SER COMO EU É REJEITAR O TORPOR, É SER MAU,MUITO MAU É SER BOM,MUITO BOM É SER.
Assinar:
Postagens (Atom)